Jam´s
Estados Unidos, ali pela década de 1940, cidades como Nova Iorque tinham uma noite vibrante. As big bands dominavam os palcos e o bebop estava nascendo e despontando como o mais importante estilo do jazz da época. Os músicos tinham que pagar as contas e cumpriam seus contratos, que os obrigavam a tocar as músicas mais conhecidas do grande público. Mas, em algum momento, o expediente acabava – sempre depois da meia-noite. Era a hora. Em algum desses clubes noturnos reuniam-se os profissionais, os feras, os cobrões. Tocavam, então, para si mesmos, em improvisações cada vez mais complicadas, elaboradas. Essas sessões eram chamadas de JAM’s – Jazz After Midnight (Jazz depois de meia-noite). Jam também significa geleia em inglês; que era mais ou menos o que acontecia, com a densa mistura de sonoridades, ritmos, harmonias etc. Geleia, sim, das mais saborosas. Atenção! Improvisar, popularmente, dá a ideia de uma ação que veio do nada, sem preparo prévio ou ensaio. Nada mais longe da verdade. TODO improviso é feito a partir de um repertório. Quanto mais experiente, preparado, cultivado o performer, melhor o improviso. Quando você reúne vários com essa configuração, o resultado é um show único, de alta qualidade – e muito prazeroso. Esse improviso, essa jam tem um lado fortemente artístico, ainda que os participantes precisem apresentar um profundo repertório técnico-teórico. Vale para música, dança, poesia, teatro – e conhecimento. E é aí que entramos.
vale para música, dança, poesia, teatro – e conhecimento. E é aí que entramos.
Não apenas um professor discursando.
vários professores ao mesmo tempo.
Isto é Jam!
Embasados nessas premissas conceituais e históricas alguns professores universitários, a maioria com titulação de mestres e doutores, imaginaram como seriam aulas e palestras dadas nessas condições.
Algumas experiências em salas de pós-graduação mostraram que o modelo se sustentava e poderia ser bastante útil, agradável e divertido – além de pedagogicamente relevante.
Não se trata de uma aula em dupla (que é preparada sabendo o professor qual a parte que lhe cabe), mas de um debate em que, por princípio, só se conhece o tema.
Como no jazz, as provocações são feitas de maneira a “esquentar” esse debate, tornando a Sens Jam um espetáculo ao mesmo tempo divertido e erudito.
Acreditamos, fortemente, que adquirir conhecimento e aprender a refletir não precisa, de maneira alguma, ser entediante – muito pelo contrário.
Podendo ser feita como um webinar, com participação virtual dos espectadores, a Sens Jam presencial chega a ser um espetáculo, com importante participação da plateia.
Sens Jam.
Alguns professores.
Um tema.
N ideias.
Nenhuma regra.